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Professor e agitador cultural, Ed Marte é candidato pelo Psol

Artista integra o coletivo Muitxs e afirma que trabalhará no Poder Legislativo por uma BH mais igual

Publicado em 22/08/2016
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Ed Marte diz ter escolhido o Psol por o partido e ele ter os mesmos sonhos para BH

Ed Marte não é um, são muitos. Autodefinido como não-binário e queer, ele diz ter sido motivado a trabalhar por vaga na Câmara Municipal de BH por o que empreende no coletivo Muitxs, o qual decidiu mobilizar-se para ocupar vaga no Poder Legislativo e fazer da capital um lugar mais humano e livre. 

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A agitação cultural é apenas uma parte de Ed, que também é professor de artes visuais da rede estadual de educação, e na Escola Estadual Jovem Protagonista, que atua nos Centros de Internação com adolescentes em medidas socioeducativas. Abaixo, suas propostas e visões.

Por que se candidatar a vereador?
Sou um sonhador tal como milhares de pessoas que vieram para Belo Horizonte em busca de um lugar bom para viver e trabalhar. Aqui fiz muitos amigos e participo de muitos movimentos artísticos, culturais, sociais e políticos. Sou do amor livre, da alegria para todos e quero uma cidade feliz e alegre. Esta é minha maneira de pensar e praticar a cidade cotidianamente e o que motivou amigos, lideranças sociais, culturais, políticas e artísticas a me convidarem para disputar uma vaga como candidato a vereador.

Convenceram-me que minha maneira de viver é mais concreta que qualquer discurso de político tradicional e que minha candidatura vai ser uma importante contribuição para a luta em prol da criação da cidade que queremos: bacana de se viver, que amplie mais as possibilidades de vida livre, do amor livre, sem preconceitos, integrada à natureza e fundada nos interesses coletivos e na democracia cidadã.

Com humor, alegria e amor, tenho me entregado de corpo inteiro às recentes lutas sociais da população da capital, como as manifestações de 2013, a Praia da Estação, no renascimento dos blocos de carnaval e do movimento político-artístico-cultural que deságua na mobilização da população LGBTIQ.

Mas também estou engajado na luta por moradia e por um ensino que ofereça oportunidades iguais para todos, na busca de respeito aos direitos humanos e na defesa da arte e cultura plural e descentralizada.

Sou candidato por isso, pela maneira ativa e amorosa que vivo a cidade de BH, movido pelo sonho de tornar nossa cidade um espaço fraterno, que devolva a todos os que moram aqui o prazer de viver.

Por que escolheu o Psol?
Participo de um movimento Muitxs pela Cidade que Queremos BH, que tem uma plataforma de participação popular na net que expõe tudo aquilo que pensamos e praticamos.

O Muitas não é um partido político e o único partido que possui afinidades com a nossa proposta é o Psol. Por isso eu e mais 12 candidatos desse coletivo estamos nos candidatando por essa agremiação. Buscamos, como o Psol, recriar Belo Horizonte mais bacana e que dê oportunidades e dignidade para todos que aqui vivem e trabalham.

O Psol sonha como eu sonho. Como nós do Muitas sonham. É um sonho coletivo, entende? Queremos criar uma cidade feliz, alegre de se viver. Uma cidade onde a vida seja a principal prioridade.

Qual a sua principal bandeira?
A minha principal bandeira é a vida. Diante desta pergunta não posso deixar de me lembrar da Elke Maravilha (nossa diva da brilhantina da alegria!), que fez sua passagem recentemente. Com o pouco convívio que tive com ela aprendi que alegria, prazer e amor é cesta básica para viver melhor.

Sim, a minha principal bandeira é a vida, ou seja, trabalho e continuarei lutando como vereador para que todos da cidade tenham oportunidades e dignidade de vida. Se amor, prazer e alegria é cesta básica para a vida, a cidade que queremos deve garantir para todos, o direito ao amor, ao prazer e alegria.

Isto significa lutar com todas as vozes da cidade para que Belo Horizonte tenha leis que protejam os corpos dos cidadãos dos preconceitos sexuais, de gênero, de raça, para que a gente possa viver plenamente.

Continuarei lutando para aprovar leis que garantam liberdade para que nossos corpos LGBTIQ possam ter acesso para estar no mundo e em todos os lugares e protegidos contra a homofobia, lesbofobia, transfobia, preconceito racial e de gênero, e machismo.

Proteger a vida é viver com intensidade! Alegria é coisa de gente feliz e do amor! Viver plenamente é isso aí! Temos feito um chamado a todas as vozes da cidade: venha conosco que atrás vem muitas outras. Com prazer!

Qual será a sua maior dificuldade na campanha?
Vish! São muitas as dificuldades que encontramos para fazer campanha. Primeiramente, não somos políticos profissionais e, mais que isso, não temos dinheiro. Contamos hoje com muitos apoiadores que levam adiante nossa proposta. Mas estas dificuldades não abafam nossa alegria, prazer e disposição para lutar e trabalhar. E como dá trabalho nossa campanha!

Diferente de outros políticos, que querem apenas ganhar as eleições, a gente quer ganhar as eleições, mas também mobilizar as pessoas da cidade para juntos começarmos a fazer política de maneira diferente.

Creio que as dificuldades começaram depois de tomar posse como vereador, já que quase todo mundo que faz parte hoje da Câmara Municipal tem verdadeiro pavor de democracia real; mandato aberto e compartilhado com toda a cidade; participação ativa de todos que lutam por uma vida melhor na cidade e transparência na política.

As vozes da cidade falarão mais alto. Tenho certeza! A alegria e o amor já estão brotando nas ruas. Com prazer!


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