Nany People falou sobre transexualidade e fez referência a um caso que ganhou repercussão na Universidade de Brasília (UnB), no ano passado.
"É o equívoco da autoimagem. É você entender que você nunca é, você está, porque às vezes você é mal interpretada. Você vê o cara entrar no banheiro, de barba, de vestido de chita. 'Não, eu sou uma mulher trans, eu sou mulher a ponto de dar na sua cara'. Me desculpa, você não é uma mulher trans, você é um homem vestido de mulher", comentou a atriz, em entrevista ao programa Provoca, da TV Cultura de São Paulo.
Ela continua: "Aí quando você fala uma coisa dessas, 'você está sendo transfóbica'. 'Ah, mas ele se sente mulher'. O fato de você se sentir mulher não quer dizer que você é. Daqui a pouco tem gente fazendo cocô na Paulista e falando que é cavalo."
"Então, tem que tomar cuidado porque é um desrespeito até à palavra 'trans', de pessoas como eu e muitas trans que sofrem, investem e gastam não só para que a aparência se torne viável ao universo que você se condiciona a vivenciar, à persona que você se sente, é um desrepeito até à própria inspiração disso, que é o feminino."
Em dezembro de 2022, uma aluna lésbica tentou expulsar uma mulher trans, que usava vestido e tinha barba, de um banheiro da universidade. Ao ser gravada, a aluna trans é chamada de "cara" e responde: "Não sou um cara. Não tem nada que me impeça de meter a mão na tua cara".
Nany segue a entrevista afirmando que já nasceu trans, "sem saber que o nome era esse". Ela fala do bullying que sofreu na escola por causa de seus trejeitos femininos e do apoio que teve da mãe.
Você já ouviu os lançamentos de artistas LGBT ou com foco na comunidade? Siga nossa playlist Rainbow Hits no Spotify que é atualizada constantemente com as melhores do ano do pop, eletrônico e MPB de várias partes do mundo.
