Patrícia Abravanel sobre gays: 'Sou contra falar que é normal'

Filha de Silvio Santos comportou-se como uma evangélica fundamentalista em quadro do apresentador

Publicado em 09/05/2016
Para Patrícia Abravanel, não é normal ser homossexual
'Mulher com mulher não é tão legal assim', disse a filha de Silvio Santos

Patrícia Abravanel falou como uma típica evangélica fundamentalista no Programa Silvio Santos revelando seu preconceito contra os homossexuais, no domingo 8.

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No quadro Jogo dos Pontinhos, comandado por Silvio Santos, o apresentador comentou que não gostou de Carol (2015), longa que conta a história de amor entre duas mulheres e recebeu seis indicações ao Oscar este ano.

Depois, Silvio passou a bola aos participantes, e perguntou se eles eram "contra ou a favor de duas mulheres se amarem como se fossem um casal". Sua filha Patrícia, que é evangélica, disse que ele estava fazendo "propaganda indireta" do tema.

"Li numa revista que um terço dos jovens se relaciona com pessoas do mesmo sexo. Eu acho muito um terço, mesmo sem saber se a opção (sic) deles é real. Eles experimentam", disse. "Acho que o jovem é muito imaturo para saber o que quer. A gente tem que firmar que homem é homem e mulher é mulher. Acho que não é legal ser superliberal."

E continuou com discurso discriminatório bastante comum dentre os praticantes de sua religião. "Acho que a gente tem que ensinar para o jovem de hoje que homem é homem e mulher é mulher. E se por acaso ele tiver alguma coisa dentro dele que fale diferente, aí tudo bem. O que está acontecendo é que estão falando que tudo é bonito e o jovem acaba experimentando coisas que pode vir a se arrepender depois."

"Eu não sou contra o homossexualismo (sic), mas sou contra falar que é normal. E outra, mulher com mulher não é tão legal assim. Não tem aquele brinquedo que a gente gosta bastante", disse. 

A atriz Lívia Andrade, outra participante fixa do quadro, discordou. "Acho bonito quando duas mulheres se amam como duas mulheres. Sou a favor porque o mundo é uma coisa livre. Cada um escolhe o que quer, opção sexual, religião, e o que vai fazer da vida. Cada um com seus problemas e as pessoas têm que respeitar as escolhas", disse.

Momentos após a exibição da fala, ativistas começaram movimentação nas redes sociais para denunciar a fala de Patrícia ao Disque 100, serviço do governo federal contra discriminação. 


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