O vereador Gabriel Azevedo (sem partido) poderá perder o mandato e ficar inelegível por oito anos.
Na segunda-feira 4, com 26 votos a favor e 14 abstenções, foi instaurado processo de cassação de seu mandato.
O parecer deve ser dado em até 90 dias por uma comissão processante, que será formada pelas vereadoras Professora Marli (PP), Janaina Cardoso (União) e Iza Lourença (PSOL).
Para ser aprovada, a cassação deve ter maioria qualificada, o que significa 28 votos favoráveis.
O pedido de perda do mandato foi feito pela ex-vereadora e atual deputada federal Nely Aquino (Podemos). Ela alega que ele agiu com quebra de decoro parlamentar em discussões com outros vereadores e abuso de poder.
Na prática, entretanto, segundo o G1, vereadores veem como motivação para a abertura do processo desentendimentos de Gabriel com a bancada ligada a Aro, que foi essencial na eleição dele para a presidência, mas que hoje está aliada à base do prefeito Fuad Noman (PSD).
Na sexta-feira 1º, Gabriel conseguiu decisão da Justiça em segunda instância que impede seu afastamento da presidência da Câmara de Vereadores de BH.
Ele chegou à presidência em dezembro passado e almeja se lançar candidato à prefeitura da capital mineira nas eleições de 2024.
Gabriel é bissexual assumido e está no segundo mandato na Câmara. Em 2020, ele foi o quarto vereador mais votado na cidade e único homem da comunidade LGBT eleito.
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