Casal gay adota 4 irmãos que viviam em abrigo no Amazonas

Rafael, de 41 anos, é paranaense, e Pedro, 43, é português. Casal vive em Parintins

Publicado em 21/12/2020
Casal gay adota quatro irmãos, crianças em Parintins, Amazonas
Processo demorou três anos.Todas as crianças foram adotadas de uma vez

Quatro irmãos que viviam em um abrigo terão nesta semana o primeiro natal junto a uma nova família. E os responsáveis por essa noite feliz são Rafael Souza e Pedro Miguel Souza, que adotaram as crianças.

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Com união civil firmada há nove anos e casados há sete, os dois amadureceram durante esse tempo a vontade de ter filhos.

Rafael, de 41 anos, é paranaense, e Pedro, 43, é português. O casal vive em Parintins (a 369 km de Manaus).

"Pedro vem de família pequena e sempre quis constituir uma com muitos filhos. Já eu, venho de uma grande, com quatro irmãos e sei da satisfação que é ter uma família grande", explicou Rafael ao jornal A Crítica.

Logo que o município amazonense passou a integrar o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), os dois entraram em contato com a Vara da Infância e Juventude da Comarca e iniciaram o procedimento de habilitação. 

Após fazerem cursos e outras ativiidades, Pedro e Rafael ficaram à espera de serem chamados - o processo levou cerca de três anos.

O casal informou à Comarca que estava aberto a adotar grupo de irmãos, inclusive com idade avançada, que no Brasil estão dentre as crianças menos adotadas.

"Logo de início, ao visitar o abrigo, ficamos encantados e fomos cativados pelos quatro irmãos que hoje são nossos filhos", lembrou Rafael.

Com acompanhamento dos profissionais da Justiça foi feita a aproximação dos dois com as crianças, o que incluiu visitas dos menores ao ciclo familiar do casal - um menino de dois anos, uma menina de três, e outros dois meninos de seis e sete anos.

Processo, enfim, finalizado e família já composta, Rafael afirma que as dificuldades nesses primeiros meses após a adoção são como de outros pais.

"Temos, sim, algumas dificuldades, como qualquer pai tem, mas essas dificuldades, para nós, são pouquíssimas e ínfimas frente ao amor, que é recíproco, e que se solidifica a cada dia, como sempre sonhamos."

A mãe de Pedro, que vivia em Florianópolis, se juntou ao casal, para auxiliá-lo na educação das crianças.


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