O Governo Metropolitano de Seul negou autorização para a parada LGBT local ir às ruas e, ao mesmo tempo, liberou a realização de um evento cristão que é contra direitos arco-íris. Ativistas prometem enfrentar nas ruas a proibição.
Organizadores da parada fizeram requisição para poder desfilar no período de 30 de junho a 1º de julho, primeira sexta e sábado logo após o Dia Mundial do Orgulho LGBT, celebrado em 28 de junho.
A marcha arco-íris de Seoul é a maior do país e pretendia ocupar a Praça Seoul, no centro da cidade e em frente à prefeitura.
No entanto, eles foram surpreendidos pela negação do pedido. O governo respondeu que houve duas requisições para utilizar o local naquelas datas - a deles e a de um grupo cristão que tem intenção de promover um concerto para jovens.
Autoridades deram prioridade a este grupo. Trata-se da Fundação Cultural CTS, uma entidade religiosa abertamente contra direitos LGBT.
Ao The Washington Post, a presidente do comitê organizador da parada, Yang Sun-woo, afirmou que o festival "não será interrompido" e que a marcha irá às ruas de qualquer maneira em 1º de julho.
"Foi-nos negado injustamente o acesso ao espaço público onde a comunidade LGBTQ da Coreia do Sul comemora o orgulho todos os verões há anos”, disse ela.
Sun-woo acredita que a decisão foi "discriminatória" e "pouco transparente".
A intenção do grupo religioso, segundo ativistas locais, foi clara: impedir que a parada seja realizada. A fundação CTS nega.
Evangélicos têm bastante influência na política sul-coreana.
O país não tem leis que protejam cidadãos LGBT de discriminação, não permite a união de pessoas do mesmo sexo nem adoção por casais homossexuais.
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