A Glaad, uma das maiores entidades arco-íris dos Estados Unidos, divulgou relatório anual sobre visibilidade da comunidade na televisão do país.
Apesar do número de personagens LGBT ter aumentado 4% na temporada - de 468 para 489 - não há boa notícia para o próximo ano.
A ONG relata que 201 desses 489 personagens não retornarão ao ar devido a cancelamentos ou encerramento de séries, formato de minissérie ou morte ou saída de personagens das atrações.
Ao todo, 159 personagens (33%) não voltarão porque a série foi cancelada ou terminou.
Nos oito principais serviços de streaming - AppleTV, Disney+, HBO Max, Hulu, Netflix, Paramount+, Peacock e Prime Video, a Glaad contabilizou 233 personagens LGBT regulares e 139 recorrentes, totalizando 372.
Falando apenas de streaming, foram 45 personagens a mais do que no período anterior.
Já na TV aberta, foram contabilizados 53 personagens LGBT recorrentes - 11 a menos que no período 2023/2024.
Em séries roteirizadas em horário nobre na TV a cabo, houve 47 regulares e 17 recorrentes, somando 64 - uma redução de 13. Mais da metade desse contigente (35) foi visto em apenas duas emissoras - HBO e FX.
Sobre recortes por orientação sexual, dos 489, 39% eram gays, 27% lésbicas, 20% bissexuais, 2% héteros e 4% indeterminados. Sete por cento foram definidos apenas como "queer", que não é uma orientação sexual.
No recorte por etnias, 45% eram brancos, 17% negros, 12% asiáticos, 11% latinos, 8% multirraciais, 1% árabe e 1% indígena.
Por identidade de gênero, 33 dos 489 eram transgênero (6,7%), dividindo-se em 24 mulheres trans, sete homens trans e 2 não-binários.
A 20ª edição do estudo "Where We Are on TV" (Onde nós estamos na TV) considerou o período de 1º de junho de 2024 a 31 de maio de 2025.