Um blogueiro bolsonarista terá de pagar R$ 15 mil ao jornalista Glenn Greenwald.
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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro manteve a condenação de Oswaldo Eustaquio Filho por ter ofendido a mãe de Glenn, Arlene Greenwald.
Segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, em agosto de 2019, o blogueiro afirmou que Glenn mentiu sobre o estado de saúde da mãe para que o processo de visto de seus filhos fosse acelerado e ele pudesse viajar com eles para os Estados Unidos, onde Arlene morava.
Em dezembro, Arlene morreu de câncer.
Em sua defesa, Oswaldo disse que analisou postagens da mulher nas redes e concluiu que ela não estava "em fim de vida" e que, portanto, o pedido de visto com urgência para que ela visse os netos não se justificava.
No dia da audiência, o bolsonarista teria tentado intimidar o jornalista filmando-o sob justificativa de que tentava entrevistá-lo.
Em fevereiro, no julgamento em primeira instância, o juiz Antonio Carlos Maisonette Pereira afirmou que as postagens de Oswaldo apresentavam "uma carga ofensiva ao autor e sua mãe que ultrapassa o objetivo legítimo de criticar".
Além disso, o juiz afirmou que o blogueiro não se ateve "ao compromisso ético de checar a veracidade das informações" e que suas insinuações eram pejorativas e ofensivas a Glenn e sua mãe, imputando ao jornalista o cometimento de crime.
Oswaldo já foi preso temporariamente no âmbito das investigações sobre atos antidemocráticos.
Glenn é casado com o deputado federal David Miranda (Psol-RJ) e eles são pais de dois filhos. O jornalista é diretor do site The Intercept Brasil e foi eleito o número 1 na lista dos 50 LGBT Mais Influentes do Brasil em 2019 pela Rede Guyia, que publica este site.
