Diretor do setor de RH da RecordTV, Márcio Santos está sendo acusado de assédio sexual contra o jornalista Elian Matte.
À revista Piauí, Elian disse que é alvo das investidas de Márcio há pouco mais de um ano.
“Sou roteirista do programa do Cabrini e, desde o ano passado, venho sendo alvo de assédio sexual por arte do diretor de RH da Record, Márcio Santos. São pedidos insistentes para sair e apesar das minhas negativas, continuou com conversas no WhatsApp onde pergunta o tamanho do meu órgão genital, onde diz que tem ciúmes doentio por mim e que precisa de ajuda médica", diz trecho do boletim de ocorrência feito pelo jornalista no último dia 14 e divulgado pela colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles.
Elian, que é editor do programa de Roberto Cabrini, na emissora, continua o relato no documento.
"Com medo de ser demitido (até pelo cargo que ele ocupa), eu até cedi por um período, tinha medo de cortá-lo e ser dispensado. Mas tudo piorou quando começou a usar a estrutura da TV para me monitorar. Pelas câmeras de segurança da redação, aproximava a câmera no volume da minha calça e perguntava se eu estava de ‘pau duro’. Fez isso por diversas vezes."
"Tive crises fortes de burnout, procurei ajuda com a médica da Hadassah (clínica do Grupo Record). Ela me afastou, me diagnosticou com burnout, emitiu um atestado com o CID da doença. Uma semana depois, a médica me envia mensagens dizendo que foi ameaçada pela direção e precisa me enviar um novo atestado modificado, pois era proibido o diagnóstico de burnout. Estou com os atestados alterados. Houve quebra de sigilo médico, alguém do RH ameaçou a médica."
À reportagem, o jornalista relata que fez três denúncias contra Márcio à própria Record. Uma delas foi um e-mail escrito ao presidente do canal, Luiz Claudio da Silva Costa, que não respondeu.
Ele diz que foi orientado a fazer B.O. em reunião com o jurídico da emissora, que também teria indicado que ele depois esquecesse do assunto e focasse no trabalho.
Elian está afastado atualmente do trabalho, pelo INSS, por "esforço excessivo".
Em sua defesa, à publicação, o diretor de RH alega que é vítima de uma "mentira" e que tudo não passou de "brincadeiras". A emissora não se pronunciou.
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