LGBT dos EUA sofrem 3,7 vezes mais violência que população geral

Vulnerabilidade causada pelo preconceito seria uma das causas da taxa alta

Publicado em 05/10/2020
violência contra LGBT EUA
Integrantes da comunidade arco-íris sofrem com taxas mais altas em quase todos os crimes violentos

Os EUA são paraíso para LGBT? A resposta é negativa pelo que aponta levantamento recém-divulgado: lésbicas, gays, bissexuais e transexuais têm quase quatro vezes mais chances de serem alvos de violência do que o restante da população no país.

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Resultados mostraram que em 2017, em todo país, o índice de violência contra não-LGBT foi de 19,2 em cada mil pessoas. Dentre LGBT, a taxa foi de 71,1, ou seja, 3,7 vezes maior.

Os dados vêm de estudo do Williams Institute, da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, que debruçou-se sobre dados da Pesquisa Nacional de Vitimização do Crime.

Integrantes da comunidade arco-íris sofrem com taxas mais altas em quase todos os crimes violentos, com exceção de roubo, que não mostrou diferença consistente entre pessoas LGBT e não-LGBT.

"Está claro que as LGBT correm maior risco de vitimização violenta, mas a questão é por quê", disse Andrew R. Flores, principal autor do estudo.

"Uma causa plausível é o preconceito anti-LGBT em casa, no trabalho ou na escola, o que tornaria as pessoas LGBT particularmente vulneráveis à violência em várias áreas de sua vida cotidiana."

Os detalhes dos números mostram particularidades. Pessoas LGBT têm seis vezes maior probabilidade de sofrer violência por parte de alguém conhecido e 2,5 vezes mais chances de serem atacados por alguém desconhecido.

Cerca de metade de todas os crimes não são denunciados à polícia - não há diferença, segundo a pesquisa, entre LGBT e não-LGBT na propensão em denunciar os casos às autoridades.

"Os resultados apontam para a importância de políticas e intervenções para reduzir a vitimização e a necessidade de considerar a suscetibilidade única à violência e as altas taxas de crime vividas por pessoas LGBT", considerou outro autor do estudo, Ilan H. Meyer.


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