Políticos gays e bis falam de ameaças de Bolsonaro à democracia

Presidente da República participou de ato no domingo que pediu volta da ditadura militar

Publicado em 03/05/2020
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Políticos são integrantes de partidos tais como Psol, Cidadania e Rede

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mais uma vez apoiou manifestação anti-democrática que pedia intervenção militar. E foi além, fez ameaças ao Judiciário. Tais atos não ficaram despercebidos por parlamentares LGBT, que se pronunciaram.

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No domingo 3, o mandatário acenou para manifestantes que passaram boa parte do dia em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, com faixas e cartazes contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, e a favor da volta da ditadura militar.

Bolsonaro disse aos apoiadores: "Tenho certeza de uma coisa, nós temos o povo ao nosso lado, nós temos as Forças Armadas ao lado do povo, pela lei, pela ordem, pela democracia, e pela liberdade. E o mais importante, temos Deus conosco".

E continuou: "Peço a Deus que não tenhamos problemas essa semana,. Chegamos no limite, não tem mais conversa, daqui pra frente, não só exigiremos, faremos cumprir a Constituição, ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão".

Enquanto ele discursava, manifestantes cercaram o repórter fotográfico Dida Sampaio, do jornal O Estado de S.Paulo. Ele foi derrubado por duas vezes e levou chute nas costa e socos no estômago. Outros jornalistas também foram ameaçados e agredidos na sequência. 

Avisado sobre o que acabara de ocorrer, Bolsonaro, em vez de repudiar as agressões, apenas comentou, como que endossando a violência: "Pessoal da Globo vem aqui falar besteira. Essa TV foi longe demais".

Os ataques ocorreram exatamente no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.

No Twitter, vários políticos abertamente LGBT criticaram o presidente. A maioria fez críticas severas ao que ocorreu. O único elogio veio do deputado estadual Douglas Garcisa, de São Paulo e filiado ao PSL.

Até o fim da noite do domingo 3, as deputadas estaduais Erika Malunguinho (Psol-SP), Lecy Brandão (PCdoB-SP), Fabíola Mansur (PSB-BA), e o vereador Fernando Holiday (Patriota-SP) não haviam se pronunciado.  

Douglas Garcia (deputado estadual de São Paulo, gay, PSL)

 

Marcelo Calero (deputado federal, gay, Cidadania-RJ)

 

Fabiano Contarato (senador, gay, Rede-ES)

 

David Miranda (deputado federal, gay, Psol-RJ)

 

Gabriel Azevedo (vereador de Belo Horizonte, bissexual, Patriotas)

 

Fábio Felix (deputado distrital do Distrito Federal, gay, Psol)

 

Isa Penna (deputada estadual de São Paulo, bissexual, Psol)


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