Um dos condenados no Caso Richthofen, Cristian Cravinhos se tornou um dos assuntos nas redes sociais após ser retratado na série Tremembé, que estreou recentemente no Prime Video.
Na atração, o assassino, interpretado por Kelner Macêdo, vive um romance no presídio com Duda (João Pedro Mariano). À certa altura, Duda aparece vestindo uma calcinha, dada por Cristian, que teria pedido a peça para sua mãe.
Em suas redes sociais, Cristian, que cumpre pena em regime aberto desde março, negou que a situação seja verídica.
"A série é mentirosa! Acordem!", teria escrito o homem, segundo o portal Terra.
Entretanto, o roteirista e autor do livro que inspirou a série, Ulisses Campbell, divulgou em seus perfis carta que Cristian teria escrito a Duda e imagem da verdadeira calcinha que o ex-presidiário usou.
"No jornalismo, um testemunho gravado não basta para publicar uma história, sobretudo quando ela é controversa. Muitas vezes é necessário apresentar provas materiais", legendou Campbell na imagem em que mostra a peça íntima.
Na missiva, escrita em 12 de junho de 2016, Cristian teria escrito: "Dudinha, obrigado, de coração, por todos esses dias, meses, anos, mesmo horas e segundos por eu estar ao seu lado. Para mim você é um presente que Deus me deu de representação de uma pessoa bem legal."
"Por isso, Dudinha, obrigado mesmo por transformar minha vida muito melhor, mais suave e por me fazer sentir muito bem dentro do corpo que habito. Obrigado por compartilhar todos os livros e todos os filmes possíveis. Obrigado por deixar eu sentir teu carinho, teu amor, tua amizade e seu amor! Por toda a minha vida."
Cristian e o irmão Daniel Cravinhos mataram a mando de Suzane von Richthofen os pais dela, Manfred e Marísia, em outubro de 2002.
Cristian estava preso desde 2002 e foi condenado a 38 anos de prisão. Em março passado, ele ganhou direito pela Justiça de cumprir o restante da pena em liberdade, assim como o irmão, que já estava solto desde 2018.
Tremembé se passa no "presídio dos famosos" na cidade de mesmo nome no interior de São Paulo para onde foram enviados vários assassinos célebres, tais como os envolvidos no Caso Richthofen, Elize Matsunaga, Anna Carolina Jatobá e Roger Abdelmassih.