Grammy 2023: veja ganhadores LGBT do prêmio

Houve também homenagem a gays feita por Beyoncé; Anitta perdeu melhor revelação

Publicado em 06/02/2023
Veja premiados LGBT do Grammy 2023
Da esq. para a dir.:Kim Petras e Sam Smith, Brandi Carlisle, Wet Leg e Steve Lacy

A 65ª edição do Grammy, realizada na noite do domingo 5, em Los Angeles, Estados Unidos, foi repleta de surpresas e teve artistas LGBT dentre os premiados.

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Sam Smith e Kim Petras tornaram-se os primeiros artistas trans não-binário e trans binário, respectivamente, a ganhar uma estatueta. Smith já coleciona outros gramofones dourados recebidos quando se identificava como gay.

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O feito foi conquistado por Unholy, que venceu a categoria de melhor performance de dupla ou grupo de pop.

No agradecimento, Kim lembrou-se da cantora Sophie, sua amiga, morta em um acidente em 2021, aos 34 anos. Sophie foi a primeira trans binária indicada ao Grammy - ela concorreu a melhor álbum de dance/eletrônico por Oil of Every Pearl's Un-Insides, em 2019.

Kim também dedicou o prêmio à sua mãe e a Madonna, destacando que a rainha do pop sempre foi uma aliada da comunidade LGBT. "Eu não poderia estar aqui sem a Madonna", frisou.

 

Foi a mesma Madonna que pouco depois apresentou o show de Kim e Sam no palco.

 

A dupla britânica Wet Leg venceu duas categorias - melhor álbum de música alternativa (pelo disco homônimo), e melhor performance de música alternativa (Chaise Longue).

Wet Leg é formado por Rhian Teasdale e Hester Chambers. As duas se conheceram no colégio, formaram a banda anos depois e com o tempo perceberam-se apaixonadas uma pela outra. Hoje elas são casadas.

A também lésbica Brandi Carlisle levou três estatuetas para casa. A artista de 41 anos ganhou como melhor performance de rock e melhor canção de rock (ambas por Broken Horses) e melhor álbum do gênero americana (por In These Silent Days).

O cantor bissexual Steve Lacy faturou a categoria de melhor álbum de R&B progressivo (por Gemini Rights).

Tanto ele quanto Brandi se apresentaram na cerimônia e concorriam nas principais categorias do prêmio - Steve disputou melhor canção e melhor gravação (por Bad Habit) e a roqueira, melhor gravação (You and Me on the Rock) e álbum do ano (In These Silent Days).

Divas do pop
Beyoncé era a artista mais indicada (nove) e foi a mais premiada (quatro). Ainda assim, ela perdeu nas três principais categorias (álbum, canção e gravação). 

Ao agradecer o prêmio de melhor álbum de dance/eletrônico por Renaissance, a cantora lembrou-se de seu tio Johnny, gay assumido, vítima da aids. E encerrou: "Eu gostaria de agradecer à comunidade gay pelo seu amor, por inventar o gênero. Deus abençoe vocês."

Com 32 troféus ao todo na carreira, Beyoncé se tornou a artista que mais venceu o Grammy.

 

Anitta foi posicionada em lugar de destaque na plateia - em mesa próxima a Taylor Swift - e era a favorita dos críticos e mesas de apostas para vencer como melhor revelação - o prêmio que completa os quatro principais da noite.

Para desgosto da imensa torcida de LGBT - famosos e anônimos - nas redes sociais, a brasileira perdeu para a cantora de jazz Samara Joy. Nesta categoria também eram indicadas a dupla Wet Leg e o cantor assumidamente gay Omar Apollo.

Outra grande surpresa foi a vitória da veterana Bonnie Rait como melhor canção (por Just Like That). Lizzo venceu como melhor gravação (por About Damn Time) e Harry Styles como melhor álbum (Harry's House).

 

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