Único evento fetichista gay friendly de Belo Horizonte, a festa Fetiche completa um ano no sábado 19 no Lótus Lounge.
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Práticas sexuais como fisting e spanking e atração por couro e vinil, por exemplo, estão em meio ao universo BDSM que norteia a festa.
E como os mineiros têm aderido à celebração? O Guia Gay BH conversou com Pedro Switch, que produz a Fetiche, para saber sobre o sucesso da festa, a mistura de gays e héteros e com o que o povo mais "brinca" nos eventos.
Esta será a sexta edição. Como você vê a adesão do público desde a primeira edição?
A cada edição, o público tem se soltado mais, tem mais curiosidade a respeito de práticas, liturgia, acessórios. Fetiches todos temos, basta apenas termos o lugar ideal para que possamos liberá-los. E nada melhor que uma festa com pessoas diversas, com os mesmos gostos, para nos ajudar a aprofundar cada vez mais neste universo prazeroso.
Você acha que os mineiros estão saindo mais do armário em relação aos fetiches?
Vejo que muitos estão se encontrando no universo fetichista. O público GLS de Minas não tinha, ainda, ganhado um espaço para realizar suas práticas e conhecer pessoas com mesmos interesses. Este foi um dos grandes motivos para que eu tomasse a iniciativa de realizar as festas GLS. E, justamente por ser uma festa GLS, já está subtendido que é um ambiente sem preconceitos, então os convidados se sentem mais à vontade e sem vergonha de expor suas fantasias.
Por este motivo, por não existir receios, o medo de se sentir excluído, o medo de se sentir um ser de outro mundo, por existir o respeito com a outra pessoa, os mineiros têm saído mais do armário e curtido os eventos com maior prazer, se soltando mais.
A festa tem atraído fetichistas de outras cidades ou Estados também?
A Fetiche tem atraído pessoas de outras cidades de Minas, tanto as cidades próximas quanto as mais distantes de BH. Inclusive fetichistas de outros Estados, como Rio, Mato Grosso do Sul, Paraná, Bahia, Mato Grosso, Pernambuco e São Paulo, entram em contato comigo para verificar datas dos eventos para que possam programar viagens para conhecer a festa, que tem sido muito bem comentada.
Em relação à orientação sexual, tem mudado desde a primeira? Qual a porcentagem atual, mais ou menos? E a convivência é harmoniosa?
Desde o primeiro evento a porcentagem de gays, lésbicas e simpatizantes tem mantido uma média padrão. O publico gay é maior, em torno de 60%, héteros, 20%, lésbicas e bissexuai,s 20% também. Algumas pessoas me perguntam se o pessoal LGBT não se sente incomodado com os héteros nas festas ou o contrário. Definitivamente não. Uma festa GLS está longe de ter qualquer tipo de preconceito, até porque eu também não tolero nenhum deles. Pessoas são pessoas e tem que ser respeitadas independente de seus gostos e/ou fantasias/desejos.
A convivência LGBT com héteros nos eventos é totalmente harmoniosa. É até engraçado porque algumas cenas acontecem por incentivo de quem é hétero, inclusive cenas LGBT com héteros praticando e ajudando, incentivando. Tanto as cenas LGBT como as heterossexuais são totalmente respeitadas. Temos que prezar pela pessoa, ajudar ao próximo a crescer no universo BDSM. Somos um grupo, uma classe, e dentro dele temos o respeito e obrigação de ajudar ao próximo, independente de gostos, mas pelo nosso fetiche.
Qual o fetiche principal das pessoas que frequentam a festa?
O principal fetiche? Hum... Difícil responder a esta pergunta. São tantos. Mas as pessoas vão muito pela podolatria, spanking, pelo shibari [técnica japonesa de amarração], pelo bondage, dog play, wax (velas), humilhação em geral, e muitos curiosos também pelo fisting. Mas tem de tudo. Todos são bem-vindos. O evento existe por existirem fetiches. Quanto mais aparecerem, mais bem-vindos serão.
Há algumas personalidades famosas do BDSM que você ainda quer levar para a festa?
Conheço bastante gente que eu gostaria que viesse aos meus eventos. O Brenno Furrier já veio em novembro de 2014 e elogiou bastante o evento em sua rede social e página da web. Alguns outros que eu gostaria muito de trazer são Mestre Sinistro, Marcos Becker, Henry Menezes, Dom Barbudo, Mestre Mauricio M, Heitor Werneck, Diogo Ferraz, Dom Bruno, Mestre Guto Lemos, Quíron Dom, Joe Guardian, Luiz Monte Santos e Brenno Furrier e Richard Couro Coturnos novamente. São muitos (risos). Gostaria de te agradecer pela oportunidade e pelo carinho novamente. Aproveitar e dizer que nesta comemoração de um ano, os convidados podem esperar grandes surpresas nesta festa. Afinal, a festa faz um ano, mas o presente é para os convidados. Quem for, não vai arrepender.
Mais informações sobre a próxima edição da Fetiche você tem em nossa Agenda.