Brinquedo que virou febre dentre crianças nos últimos meses, o Pop-it é condenado por evangélicos por causa das cores da bandeira LGBT.
No Youtube, tem aparecido falas de pastores relacionando o objeto à comunidade LGBT e acusando o ativismo arco-íris de querer "destruir a família".
"Tenho orientação cristã. Então tenho critérios para oferecer brinquedos ao meu filho. Acredito que tudo tem uma teoria, uma ideologia", disse a dona de casa Anete Vieira, de 38 anos, ao O Globo. Ela acredita na relação da causa LGBT com o brinquedo.
"O pessoal do marketing trabalha muito em cima dos símbolos, das cores. As da bandeira são lindas, mas já são usadas pelo movimento LGBT. Se não coaduno com os mesmos ideais, por que apresentar para meu filho?"
Anete vive em Barreiras (BA) e frequenta a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
No Rio de Janeiro, o barbeiro Rafael (que não divulgou seu sobrenome), 30, disse que a filha começou a dizer que o objeto é "do diabo".
"De repente, ela começou a falar que o pop-it é do diabo, que é para separar a família. Fiquei aterrorizado. A criança é pura, não tem maldade", disse Rafael. A filha de sete anos vive com a mãe, evangélica, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
"É uma pena que minha filha cresça aprendendo a odiar o que é diferente", lamentou o barbeiro.
Única empresa a ter o certificado do Inmetro e primeira a produzir o brinquedo no Brasil, a Luka Plásticos, que fica em Valinhos (SP), disse que desconhecia a polêmica.
"Isso é uma besteira. Não vai mudar em nada para a gente. Nossa linha de negócio continua a mesma: fabricar produtos bons que atendem ao público", afirmou o diretor da empresa, Gonzaga Pontes.
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