Os vereadores cristãos Pablo Almeida e Uner Augusto, ambos do PL, fizeram pedido de impugnação de repasse de R$ 450 mil da prefeitura para a ONG Cellos organizar a Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte, marcada para 20 de julho.
A previsão é que o dinheiro seja repassado para a entidade pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos.
De acordo com reportagem do jornal O Tempo, os parlamentares possuem lista de argumentos contra a verba para a marcha, que terá a 26ª edição realizada neste ano.
Dentre as bases para o impedimento, eles alegam que dinheiro público não pode ser usado em eventos que promovam sexualização de crianças e adolescentes e que a cidade precisa de saúde e outros serviços e não realizar o que chamam de festa.
Eles também afirmam que a prefeitura não pode dispensar licitação para definir que entidade receberá o dinheiro para organizar a marcha. O Cellos organiza a parada desde a terceira edição.
Em nota, a Prefeitura de BH afirma que faz repasse para a entidade desde 2022. No primeiro ano e em 2023, ainda de acordo com a nota do governo, houve apoio de R$ 350 mil vindos de recursos próprios para cada edição.
Em 2024, o valor total foi de R$ 675 mil, sendo R$ 350 mil da prefeitura e R$ 325 mil de emendas parlamentares.
O previsto para esse ano são R$ 400 mil saídos do caixa do governo e R$ 50 mil de emenda parlamentar do vereador Pedro Patrus (PT).
A prefeitura afirma que o pedido de impugnação será analisado.
A entidade Cellos disse ter sofrido violência institucional pelo jornal O Tempo, por o veículo de imprensa ter dado apenas nove minutos para ela se manifestar sobre o caso.
A reportagem foi publicada no sábado 17 sem a defesa do coletivo LGBT.
"Entre o pedido de manifestação e horário da publicação da matéria no site do jornal, são (sic) apenas nove minutos."