Em uma das mais novas baladas abertas na Savassi no começo deste ano, LGBT são bem-vindos, mas não aqueles que tenham vontade de continuar sendo LGBT e que não vejam na homossexualidade um pecado.
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Explica-se: na Igreja Batista Lagoinha Savassi ou Savassi Club, uma espécie de balada evangélica, cerca de 100 dos frequentadores são arco-íris. Mas o cinza ronda. Segundo a responsável por receber LGBT no templo, Patrícia Coelho, a cura gay vem - mais cedo ou mais tarde.
"Primeiro falamos de Deus para essas pessoas. Depois vem a evangelização. Deixar de ser gay é consequência. Se a pessoa tem fé no Evangelho, ela deixa de ser gay", afirmou Patricia ao portal UOL.
As declarações são um tanto contraditórias. Em outro momento, Patrícia diz que não acredita em cura gay. "Não existe ex-gay. A pessoa crê no Evangelho, acredita em Deus e não pratica." Ou seja, continua sendo gay, mas reprime o desejo por causa da religião e não consegue ter prazer sexualmente.
Ela própria diz estar nesse grupo. "Com 24 anos descobri Jesus e deixei de ter relações sexuais com outras mulheres. Eu era infeliz. Mas não sei se vou namorar ou ter relacionamentos com homens. Ainda não", conta.
O local foi aberto na Savassi estrategicamente por ser um bairro boêmio e atrair todo os tipos de notívagos, inluindo os LGBT. Há música ao vivo em alto volume, neon, jogo de luzes e camarotes. Pegação e bebidas alcoólicas ficam de fora. E, como ficou evidente, respeito à sexualidade livre também.