A intolerância venceu na Câmara Municipal de BH. Foi rejeitado, por 16 votos a 10, na terça-feira 19, o projeto de lei que criaria o Dia Municipal da Parada do Orgulho LGBT.
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O Projeto de Lei nº 1.662/15, de autoria do vereador Pedro Patrus (PT), instituiria o terceiro domingo do mês de julho, quando geralmente é realizada a marcha, como a data comemorativa.
Entretanto, o Estado Laico foi deixado de lado no momento da votação e parlamentares alegaram que o projeto feria suas crenças religiosas e a família.
A ideia inicial era que fossem promovidas atividades educativas que propiciassem a construção de respeito a diversidade, segundo Patrus, mas os intolerantes alegaram que não se deveria gastar dinheiro público com isso e, sim, que os recursos deveriam ir para a igreja.
Patrus, então, recuou e pediu que se apoiasse a emenda do vereador Preto (DEM), que previa apenas manter a data comemorativa, mas a proposta foi recusada.
"Mais uma vez a câmara mostrou sua intolerância", disse o vereador Gilson Reis (PCdoB), destacando que o poder público apoia diferentes estabelecimentos e iniciativas religiosas, como o Sermão da Montanha.
Outra proposta de Patrus, já em pauta para votação, é o Projeto de Lei nº 1.199/14, que trata do uso do nome social de trans e travestis nos serviços públicos e privados prestados em BH. "O nome social é uma questão de dignidade para essas pessoas e gera um impacto enorme em várias áreas para os travestis e trans. Negar o uso do Nome Social é reconhecer que se está ligado a processos de discriminação", garantiu.
Veja lista da votação e constate quem merece seu voto!
