Segunda pessoa no mundo pode ter se curado do HIV sem medicação

Caso ocorrido na Argentina está sendo monitorado

Publicado em 16/11/2021
pesquisas hiv cura
Análises não encontram o vírus da aids no organismo da paciente. Foto de formulário PxHere

Uma mulher na Argentina pode ter sido a segunda pessoa no mundo com HIV a ter se curado sem tratamento.

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A mulher de 30 anos está há oito anos com carga viral indetectável do HIV mesmo sem tomar nenhuma medicação antirretroviral.

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Foram analisadas 1,5 bilhão de células da paciente e não foi encontrada partícula do vírus que pudesse se replicar.

O estudo foi publicado pela revista científica Annals of Internal Medicine, na terça-feira 16.

A mulher, que vive em Esperanza (a 500 km de Buenos Aires) passará a ser chamada pela medicina como a "paciente de Esperanza".

Ela testou positivo para o HIV em março de 2013. Nos oito anos seguintes, no entanto, seus testes apontaram carga viral indetectável.

O único período em que ela usou antirretrovirais foi em 2019, quando engravidou. A criança nasceu em 2020, sem o vírus, e a paciente voltou a não usar nenhuma medicação.

Antes dela, apenas uma outra mulher de 67 anos havia entrado para os registros científicos como livre do HIV sem medicação.

Médicos relatam, no entanto, que não há como garantir que a "paciente de Esperanza" fique sem o vírus pelo resto da vida.

O infectologista Ricardo Diaz, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que o termo correto seria "remissão sustentada do HIV sem antirretrovirais".

Em 2020, Dias liderou estudo que conseguiu eliminar o HIV de paciente com terapia antirretroviral e vacina. Ele disse, à época, que era preciso esperar até 2022 para saber se o vírus não teria chance de voltar a se replicar e, aí sim, chamar de cura.

Outros dois homens, conhecidos como "paciente de Berlim" e "paciente de Londres", tiveram o que se diz "cura esterilizante", situação mais perto da cura do que a da "paciente de Esperanza".

Eles foram submetidos a transplante de medula óssea para tratar um câncer. Ambos receberam transplante de medula de pessoas que tinham a mutação de um gene (CCR5-delta 32) que as tornava naturalmente resistentes ao HIV. Ambos não apresentaram mais nem resquícios do vírus da aids em suas células após a cirurgia.

 

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