Dentre seus trunfos para se firmar como destino turístico arco-íris, BH tem o terceiro maior roteiro LGBT do Brasil, uma incrível diversidade de estabelecimentos e destaques que já se projetam para além da cidade. Um exemplo são as label parties capitaneadas por Denise Martins.
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São seis selos (Alegria, Black Stravaganza, Arraiá das Maravilhas, Di Latte, White Emotion e Réveillon Emotion). Todas as festas já têm data marcada para 2015 - algo fundamental quando se fala sobre planejamento de viagem pelos turistas.
Em entrevista ao Guia Gay BH, Denise fala de novidades, das estratégias que têm projetado a produtora DM Entretenimento Brasil afora e de como um novo caso de amor tem acontecido: dos viajantes gays por BH!
Seu nome tem se firmado cada vez mais fora de BH por conta das label parties.A que diferenciais você atribui esse êxito?
A qualidade de som, de produção, inclusive visual, de atendimento. As festas open bar atraem um público que vai beber e se divertir. É algo que dá um tom aos eventos muito bacana e para cima. O line-up que sempre tem DJs reconhecidos e até internacionais.
Há também as parcerias que faço. Na Black Stravaganza, eu já trouxe a Supermartxé. Para a Di Latte, devo trazer a We. A proposta é fortalecer a nossa marca, juntando forças.
Outro diferencial importante, que começou na White Emotion em 2014, é o weekend, ser o final de semana inteiro de eventos, com o warm up, a festa principal e o after. Do ponto de vista turístico esse formato é ideal, inclusive. Afinal, assim, o turista gay fica mais tempo na cidade. E mais coisas virão. Estamos conversando com hotéis na cidade tanto para hospedagem quanto até para mais eventos.
Como você vê suas festas contribuindo para o crescimento turístico gay em BH?
Temos trazido turistas pelo entretenimento, fazendo com que os seguidores de grandes festas coloquem BH em seus calendários de viagens. E aí, é a cidade que ganha. Táxis, restaurantes, hotéis, compras. Muitos vão a Inhotim (sede de uma das coleções mais importantes de arte contemporânea do País).
E veja como tudo se encaixa: o turista, por exemplo, passa o sábado em Inhotim, volta no fim da tarde, depois tem a festa noturna! E ainda há para visitar Pampulha, Praça da Liberdade...
Importante essa descoberta dos gays do resto do Brasil a respeito de BH!
Sim! E nessa descoberta, tem o principal: o belo-horizontino. Somos muito receptivos. O turista gay vem pela festa, descobre o quanto recebemos bem e se apaixona pela cidade. E uma vez com esse sentimento, fazendo amigos aqui, ele é capturado por BH (risos). A cidade passa a ser um lugar de boas experiências e merecedora sempre de novas vindas. E temos uma cidade limpa, arborizada, com ótimo clima...
Isso é recompensador para você, não?
Completamente! Tenho orgulho profissional e pessoal de saber que as minhas labels contribuem de forma significativa para isso. Estamos colaborando com a cidade como um todo. Emprego a cada festa cerca de 120 pessoas diretamente. Já tivemos edições com 3.500 pessoas.
E o ciclo é virtuoso. O turista vem a BH por conta dos amigos. Os amigos vão à cidade dele também... Cria-se esse fluxo que movimenta o turismo a nível nacional.
E o que vem por aí?
Planos consolidados de levar a Black e a White pelo Brasil e já com contatos para eventos no exterior, principalmente Espanha e México. Tudo está indo de forma paulatina. Está sendo uma construção com bases fortes. Vamos mostrar BH para o Brasil e o mundo!